terça-feira, 7 de junho de 2011

No início de 2008 o W3C – consórcio de empresas de tecnologia que coordena os padrões da internet quanto a linguagem – anunciou a primeira especificação do HTML5[9]. O HTML, que é responsável por organizar e formatar as páginas que visitamos na internet, está em sua versão 4.0.1 e continua evoluindo. Após cinco anos de trabalho, desde 2008 esta ainda é apenas uma versão de testes do HTML5, enquanto a versão final está prometida para 2012. Foram feitas grandes alterações, que incluem:

  • Novas API’s, entre elas uma para desenvolvimento de gráficos bidimensionais
  • Controle embutido de conteúdo multimídia
  • Aprimoramento do uso off-line
  • Melhoria na depuração de erros

Esta evolução da linguagem padrão para web pode eliminar a necessidade de plug-ins para aplicações multimídia em navegadores. Diversos críticos consideram a tecnologia como um forte concorrente ao Flash, da Adobe, ao Silverlight, da Microsoft, e ao recente JavaFX, da Sun(Oracle). Recentemente, Shantanu Narayen, diretor executivo da Adobe, disse que o Flash não iria perder mercado, porém a versão 5 do HTML já está sendo chamada de "Flash-killer" (Assassino do Flash)[10]. Estas tecnologias precisarão se adaptar rapidamente para conseguir manter-se no mercado, tão populares quanto hoje. Na avaliação do co-diretor de ferramentas da Mozilla, Ben Galbraith, as tecnologias viabilizadas pelo HTML5 como o Canvas para desenhos 2D e o armazenamento de conteúdos no desktop, permitirão que "usemos mais o browser do que nunca".

Após dez anos sem atualizações, a forma como se escreve páginas na internet passa por uma boa transformação. O HTML5 oferece uma experiência web totalmente diferente para usuários e embora exista um longo caminho para ser finalizado, muitos navegadores importantes, como Internet Explorer 9, Opera, Safari 4, Firefox 3.6 e Chrome já implementaram grandes partes da linguagem, incluindo tags de vídeo e suporte à tecnologia Canvas. Com a evolução da linguagem, os navegadores passam da categoria "mostradores" de páginas para um renderizador de "web software".

Assim como surgiram as app stores para aplicações nativas, existem appstores especificas para apliçações HTML5, os desenvolvedores podem utilizar a audiência das appstores para distribuir seu aplicativo e também fazer cobrança (as appstores oferecem integrações para permitir a cobrança). HTML5 appstores disponíveis: Zeewe - appstore focado para smartphones (iPhone, Android, iPad, tablets), ChromeWeb Store.

A Semântica sempre um dos pontos mais importantes do desenvolvimento com Padrões Web. Algumas iniciativas com o Microformats vieram na tentativa de trazer mais semântica ainda para nossos códigos, com o intuito de novas aplicações e oportunidades pudessem utilizar melhor a informação distribuída na web. Acontece que o resto do HTML não foi a bastante tempo modificado. Por exemplo, como você consegue distinguir de forma automática as informações do “header” (cabeçalho) dos sites? Não consegue. Você não consegue por exemplo, de maneira automatizada, identificar o que é um rodapé ou a parte do layout que está exibindo um artigo, por exemplo.

Todos os dias sites e mais sites são publicados na internet e nenhum deles com um padrão de nomenclatura de classes e ids que possamos utilizar para extrair informação de maneira inteligente. O HTML 4.01 é a versão atual da linguagem básica da Web, e não é atualizado a alguns anos. Esses detalhes de semântica não podem ser supridos para sempre por tecnologias como o Microformats. A versão 5 do HTML tende a suprimir essas necessidades e também atualizar pontos antigos do HTML 4, por exemplo, formulários.